quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Marcha contra os pedágios mobiliza região oeste da capital

A marcha que ocorreu dia sete de novembro na região Anhanguera com o lema “O Direito de Ir e Vir” mobilizou comunidades eclesiais da Igreja católica, evangélicas, lideranças dos movimentos sociais, dos municípios vizinhos, parlamentares do legislativo municipal, estadual e federal.

Ao chegar no local de concentração, os moradores foram surpreendidos com uma liminar expedida na sexta feira, 5, que proibia a manifestação pela Via Anhanguera e um forte esquema de segurança, envolvendo a polícia rodoviária e a Polícia Militar.

Mas o povo não cedeu as pressões e corajosamente realizaram o ato de abertura ao embalo do grupo de samba “Lona Preta” e depois seguiu em caminhada até o Km 27,5 no pedágio da Via Anhanguera, onde ocorreu o ato final da marcha.

A marcha ocorreu para denunciar o descaso do poder público tanto municipal bem como estadual no que se refere aos problemas que esta região está enfrentando. O lugar onde aconteceu a concentração inicial, Km 22,5 da via Anhanguera foi construído um CEU (Centro Educacional Unificado), mas com difícil acesso para as comunidades do entorno localizadas no outro lado da rodovia. Outro problema é a falta de acesso para a rodovia Anhanguera dos bairros como Vila Sulina e Sol Nascente.

O pedágio do Km 27,5 da Via Anhanguera e os pedágios do rodoanel foram os mais denunciados e criticados pelas lideranças, parlamentares e moradores que fizeram uso da palavra durante a caminhada. Todos de posicionaram radicalmente contra a instalação de praças de pedágios dentro do perímetro urbano. A lei Estadual, 2481 de 1953, que esta em vigor proíbe a instalação de parcas de pedágios há menos de 35 km do marco zero da Parca da Sé.

Os pedágios estão provocando muitos problemas para a região oeste da capital, bem como para os municípios vizinhos, da grande São Paulo.

Os moradores da Chácara Maria Trindade e da Comuna da Terra Irmã Alberta localizadas no Km 27,5 da Via Anhanguera, no município de São Paulo, são obrigados a pagar R$ 12,40 de pedágio para chegar ao centro da capital. As empresas da região e municípios vizinhos não estão admitindo trabalhadores que precisam passar pelo pedágio. As crianças estão cerceadas do direito de ter transporte publico gratuito por que a prefeitura não tem verba para arcar com o valor dos pedágios. Os profissionais de saúde, educação, segurança e outros se recusam a trabalhar na região cercada por pedágios.

O compromisso da marcha foi que além de acompanhar as ações judiciais que tramitam no Ministério Público Estadual com relação a ilegalidade do funcionamento destas praças de pedágios, lutará também pela instalação de uma CPI dos pedágios; pelo cumprimento da lei estadual 2481/1953 e tentará conseguir uma audiência com o Governador do Estado para debater os problemas e apontar saídas.